O Camões – Centro Cultural Português em Maputo, Moçambique, acolheu, ontem ao final da tarde, a apresentação do livro de Jofredino Faife Teatro de Marionetes (ou Ensaio sobre a Mecânica Descritiva da Desertificação dos Homens), obra vencedora da 6.ª edição do Prémio Imprensa Nacional/Eugénio Lisboa, em 2022.
A Imprensa Nacional-Casa da Moeda (INCM) fez-se representar na sessão por Dora Moita e Duarte Azinheira, Presidente e vogal executivo do Conselho de Administração, respetivamente.
De acordo com o júri do Prémio, constituído pelo médico e escritor Mbate Pedro, na qualidade de Presidente, por Sara Laisse, diretora da Fundação Fernando Leite Couto, e Paula Mendes, editora-chefe na Imprensa Nacional, a obra de Jofredino Faife é «uma rara proposta literária em Moçambique» que, além de revelar «a erudição literária e linguística, por parte do seu autor», é uma obra «criativa, complexa e de grande fôlego, deixando entrever o investimento posto na sua elaboração».
«Com um vasto leque de personagens inesquecíveis, Teatro de Marionetas é uma rara proposta literária, uma narrativa distópica com tendência para a ficção científica, na qual se esbatem os limites entre ordem e desnorte, loucura e sanidade e, até, realidade e fantasia», pode ler-se na contracapa.
O Prémio Imprensa Nacional/Eugénio Lisboa foi instituído pela INCM em 2017 com o propósito de promover a língua portuguesa e apoiar a criação literária moçambicana, contemplando a edição dos textos vencedores em cada edição, além de uma componente pecuniária de 5 mil euros. Visa ainda prestar homenagem a Eugénio Lisboa, autor, cidadão e homem de cultura nascido em Moçambique.